quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aos Amigos que Aprendi Amar

Uma amizade nunca é medida pelo tempo...
E os grandes amigos nem sempre são os que se conhece a mais tempo...
É engano também pensar que o grande amigo é apenas aquele que tudo conhece sobre ti.
Muitas vezes, é preciso saber somente o necessário para que este seja indispensável,
E se torne peça fundamental em sua vida, quer esteja perto ou longe.
E foi assim...
Aterrisei  em meio ao grupo de amigos mais alegre e divertido que conheci...
Bem verdade, alguns deles, meus amigos de longa data.
Mas eu, quieto e introvertido,
Por vezes confundido com um chato mal-humorado.
Parecia a peça certa para não ser encaixada.
Mas não foi assim...
Com amor e carinho recebido,
Senti-me em meio a um porto seguro e tranquilo...
Senti-me parte de uma grande e verdadeira família...
Família bem mesclada é verdade.
Senti-me em meio a amigos...
Amigos das risadas e brincadeiras intermináveis,
Das horas incontáveis de cantorias...
Amigos inseparáveis madrugada adentro.
Amigos, que verdadeiramente posso chamar... De amigos...
Pois quem mais arrancaria de mim em tão pouco tempo,
Histórias de que de tantos outros escondi?
Amigos que já me serviram de forte apoio e lição,
Embora talvez nem saibam disso.
Amigos por quem verdadeiramente me apaixonei...
E esse amor é puro, sincero e profundo.
Superam o curto espaço de tempo, e a distância que enfrentarei...
Amigos que eu sei, em breve terei que despedir-me...
Pois novamente chegará a hora de partir...
Mas não serão os quilômetros que nos distanciam,
Que irão apagar tudo que vi e vivi,
Ao lado de pessoas marcantes, que escreveram seu nome em minha história,
E que pela graça de Deus, reencontrarei novamente...
As vidas tomam seus rumos... Pessoas se separam...
Mas de uma coisa estou certo...
Levarei sempre vocês todos comigo,
Pois verdadeiramente sois,
Os grandes amigos que aprendi a amar...

Obrigado por terem me acolhido tão bem... Obrigado pelo amor e carinho..
Que Deus os abençoe...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

MEMÓRIAS

Ainda permaneces aqui...
Mas hoje eu te digo, não é mais como ontem.
Não sinto mais tua falta, e simplesmente não é mais o amor que nos une.
São apenas memórias...
Do passeio na praça aos doces favoritos...
Tudo ainda me traz lembranças suas...
Isso ainda machuca, não sou hipócrita...
Mas isso não é amor, é apenas saudade...
De um tempo em que eu realmente sabia sorrir.
E de verdade ainda luto para não procurar-te.
Pois também faz parte das minhas memórias...
O motivo de eu não mais te ter ao meu lado...
E isto traz o triste consolo, de que realmente este é o caminho certo.
Hoje já não sofro por você... Não mereces, não és como nos sonhos...
Mas ainda lembro, fui feliz contigo... enquanto fui capaz de sonhar...
Mas o tempo passa...
Amor e ódio evaporam... Mágoas e sorrisos desfalecem...
Tudo se torna memórias...
Mas essas também sofrem o efeito do tempo, mudam e enfraquecem...
Já sinto isto. Você não é mais tão presente assim...
E isto me faz bem, embora não fosse o que queria.
E os dias e anos passarão, e sei que o implacável tempo,
Tudo levará embora... Mágoas, dores e sentimentos...
E nossa história não passará de uma vaga lembrança...

domingo, 2 de janeiro de 2011

AUSÊNCIA

Sinto falta...
De abraços e carinhos, da pele macia...
Do perfume que inebria, do toque dos lábios que incendeia,
Do olhar que ilumina...
Da presença que por si só já basta,
Sem gestos ou palavras...
Do sorriso que irradia luz e paralisa,
Da beleza que encanta e fascina...
E isto se chama vazio, ausência...
E ausência é mais profunda que a simples saudade de alguém
Não pode ser confundida com a falta física de ninguém...
A ausência vai além... O vazio é mais escuro e tenebroso...
Não pode ser suprido pelo físico, pelo material...
É ausência de sentimento, ausência de sonho...
Ausência de sentir que o mundo gira ao redor de um único ser,
De que o tempo se rende a uma presença,
E de que tudo para simplesmente para observar.
Essa ausência, de fato não é saudade,
Pois não se sente falta de alguém que sequer conhece...
E este é meu dilema, esta é minha ausência...
Ausência de algo que sempre me acompanhou...
E que hoje me faz sentir falta do certo alguém que não conheço,
E que não sei quando, de onde ou se de fato virá...
Mas que ainda espero, por não poder mudar minha essência...
E por saber que de fato esta ausência só irá ter fim...
Quando encontrar  a verdadeira razão,
Que mostre que meu coração,
Hoje gélido,  solitário e triste,
Ainda é capaz de viver e amar...

Tempo, escolhas e valores

Repito a mim mesmo: Não fui eu quem te deixei partir...
Quando tive a chance de pedir que ficasse, tu já não me pertencias mais...
Estava preso, sufocado por uma falsa sensação de escolha, quando na realidade, só um caminho havia...
Será isto tudo verdade, ou apenas uma ilusão criada para sufocar novos sofrimentos ?
Não havia realmente escolha, ou minha mente estava turva por medos e incertezas?
Poderia minha insegurança, trazer tal segurança de que estava a fazer a escolha certa?
Escolhas...será que realmente existem escolhas certas?Ou existem somente...escolhas...
Se existe a escolha certa, por que sempre pareço ter feito a escolha errada?
A vida é feita por escolhas...escolhas simplesmente...E para tal, não há certo ou errado...
E não espere a generosidade do tempo, para que possa subitamente retornar e mudar tudo...
Este é um fio que segue continuamente...Não para, não volta, não espera...
Composto sempre por passado, presente e futuro... Todos tão diferentes, mas tão interligados, subjetivos, relativos e confusos...
Ouvi alguém dizer com grande sabedoria: O amanha pode ser tarde...

Para você dizer que ama
Para você dizer que perdoa
Para você dizer que desculpa
Para você dizer que quer tentar de novo

Frase poderosa, encorajadora, verdadeira em sua essência, mas dotada de um engano ainda maior...
O HOJE, na realidade, já pode ser muito tarde...
Pois na nossa vã sabedoria de tentar mudar o nosso amanhã pelo hoje...
Esquecemos que nosso HOJE, é tão puro e simplesmente, o AMANHÃ do ONTEM...
E quanto a isto, nada podemos fazer...É inútil lutar contra o tempo...
Então por que falar sobre ele também?
Pois ele é revelador, mostra quem é quem, descobre farsas e o que mais possa estar invisível...
E mostra também o valor do que ficou perdido em algum de seus momentos...
Valor...Palavra pequena, mas de complexidade quase que infinita...
Maleável, aceita mudanças, de acordo com a atribuição do "sábio e racional" ser humano...
É este quem atribui valores a coisas e a pessoas...
Ah se o ser humano soubesse realmente o valor das pessoas e dos sentimentos que nutrem... Tudo seria tão simples...
Mais uma frase célebre que li em algum lugar: ohhh...mania de só enxergar e dar valor ao que se perde...
É natural da essência do ser humano...Desvalorizar, perder, sentir falta, recorrer ao tempo, e chorar por nada poder fazer...
Mas nem sempre se perde simplesmente por não valorizar...
Muitas vezes se atribui um valor tão grande a alguém (embora ainda não o suficiente), que não se sente pronto, digno ou capaz de cuidar de tanto... E mesmo assim esse alguém especial se vai... E o que é mais triste... É que por vezes se vai, e encontra abrigo em braços que não são dignos de abrigar tão valiosa jóia, tratando-a como bijuteria...
E nada podemos fazer além de observar...
E mais uma vez o tempo amarra nossos pés e mãos, pois é impossível correr para o passado e reescrevê-lo por outros rumos...Ainda que o hoje nos conceda a oportunidade de escrever um novo amanhã, nunca poderemos mudar as coisas que ficaram no ontem, e para maioria delas, não existe uma segunda chance...